Valerie
As unhas fincadas no meu ombro, eu meio que de costas para ela, de um jeito que ainda não tínhamos feito sexo. Não via seu rosto, mas podia imaginá-lo com perfeição: os olhos quase fechados, a boca aberta em êxtase e o singular cenho franzido. Ela se contorcia ao ritmo dos meus dedos treinados para dar prazer e pediu para que eu nem pensasse em usar a boca também. Pra ter o prazer de contrariá-la, ignorei seu pedido e aliei aos dedos a língua quente.
Ela desceu a mão pela minha costa, me arranhando vigorosamente, minha boca tremeu de luxúria em meio a tensão dela e eu senti que o ápice estava chegando.
Daí, parei tudo.
Segurei firme as mãos dela, para que não terminasse sozinha, enquanto observava seu corpo se contraindo pelo prazer à meio caminho. Olhei pra ela por cima do ombro e sorri realizada com o que vi.Louca de tesão, ela suspirava e se contorcia, ansiando pelo orgasmo.
Implora por mim, disse.
Porra nenhuma! , ela respondeu entre gemidos.
Orgulhosa toda, ela não alimentou meu ego. Mas voltei, mesmo assim, para seu sexo. Mais uma vez, quando o prazer estava entorpecidamente próximo, eu parei tudo e segurei as mãos dela.
Valerie...Não faz isso...
Ganhei o dia com o pedido mais sussurrado do que falado. Olhei pra ela por cima do ombro de novo pra então dar fim à deliciosa tortura.
Ela me abraçou carinhosamente e fechou os olhos. Eu acariciei seus cabelos e ela sorriu, encolhendo os ombros. Orgulhosa,disse eu. Como uma leonina, foi a resposta.
6 comentários:
Obaa.
A primeira vez que sorri hoje.
Cara, se eu ponho na pág inicial do blog, o post some.
Gostei, gostei... :)
Que delícia, Mai.
Eu tenho um blog parecido. Parei de escrever um pouco, pq estava viajando.
Voltarei em breve.
Jah tinha lido, e fiquei muito impressionada com a força das palavras q li nesse texto!
huuu
Adorei!!
Bjos
Legal o conto, Leiolinas são realmente fodas.
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