Sandra


Estava há dois dias naquela cidade e já sofria com o calor que era absurdamente insuportável. Eu me debrucei na janela pra pegar um pouco de vento, mas até as árvores pareciam uma pintura, de tão imóveis. Então, reparei que do apartamento da frente vinha uma música envolvente e através da cortina meio transparente, a silhueta de um corpo feminino gingava ao som das batidas. A música tinha um toque latino, caliente, e a mulher dançava magistralmente bem.

Hipnotizada pela silhueta que demarcava um corpo bem definido e pelas curvas dela que se moldavam enquanto ela rebolava, apoiei-me na janela e assim fiquei, por um bom tempo.
Por algum motivo, sentia que ela sabia que eu a observava e esse deixar-se olhar fazia parte de alguma trama sexual. De repente, ela abriu em pouco a cortina, deixando aparecer somente metade do rosto, olhou pra mim e sorriu. Senti a corrente elétrica do desejo percorrer meu corpo e calculei mais ou menos qual seria o apartamento dela.Saí.

Andando pelos corredores do prédio, cheguei até o provável apartamento. Estando a uns poucos metros da porta, ouvi a música latina e sorri vitoriosa. Toquei a campainha e aguardei. Ela abriu a porta e imediatamente senti seu perfume. Sorrindo, ela fez sinal com a cabeça para que eu entrasse.

O apartamento era decorado em tons de vermelho, branco e laranja,o que fornecia aos olhos uma combinação afrodisíaca e sensual.Em algum canto, um incenso queimava, deixando pelo ar um cheiro agradável e envolvente.Sem falar nada, ela parou no meio da sala e começou a dançar, de costas pra mim. Parei, hipnotizada, enquanto ela ia até à cozinha, voltando de lá com uma garrafa de tequila. Bebemos um pouco, ela sempre dançando e eu olhando pro seus olhos fixamente. O calor da bebida misturando-se com o da música e o do sexo anunciado.

Ela me entregou a garrafa e virou-se. Pus a mão em sua cintura e assim dançamos coladas, volta e meia bebendo a tequila. Nenhuma palavra dita, só olhares e toques. Meu corpo inteiro estava inflamado, então eu puxei os cabelos negros encaracolados e beijei seu pescoço. Ela virou e nossas bocas se encontraram, ávidas.Nossas línguas gingando ao encontro uma da outra ao som da música, os corpos colados. A ergui e ela passou as pernas pela minha cintura. Com as bocas coladas ainda, a pus sentada na bancada da cozinha americana.Passei a mão pela suas coxas e subi pela saia de tecido fino que ela usava. Sem pressa, tirei sua calcinha, sem deixar de beijá-la, e já pude sentir sua umidade. Toquei-lhe o sexo de leve, e ela gemeu na minha boca. O suficiente pra me deixar louca e romper com toda a calma dos meus toques.

A penetrei com dois dedos, firmemente, enquanto baixava a blusa tomara-que-caia dela e lhe lambia os seios. O líquido quente dela escorria pela minha mão, os gemidos já faziam parte da música. Ela arranhou meus ombros quando o orgasmo veio e deixou a cabeça pender molemente. Arfando, olhou pra mim e sorriu. Não tínhamos acabado.
Ela me empurrou até o sofá,sentou no meu colo, de frente pra mim e rebolou. Ajeitei minha mão embaixo dela e encontrei seu sexo. Agora, ela cavalgava lentamente em cima da minha mão enquanto meus dedos exploravam o interior do seu sexo quente. Ela gemeu baixo e jogou a cabeça pra trás, empinando os seios que estavam à mostra. A visão me entorpeceu e eu aumentei o ritmo das estocadas.Mordi-lhe o seio direito, pressionei outro dedo na entrada do ânus, mas sem penetrar, ela se arqueava cada vez mais. O som parou justamente na hora que os gemidos progressivamente aumentaram. Ela rebolou mais rápido e eu aumentei o ritmo das estocadas. O orgasmo foi arrebatador,ela gritou e pendeu pra frente, estafada.





Peguei o avião de volta pra casa no dia seguinte, levando comigo a garrafa vazia daquela tequila.

 
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