Carmen


Ainda não sei porque me deixo levar por ela.Sempre do mesmo jeito: me seduz, me leva pra algum altar do sexo, me revira por dentro, me enlouquece e depois vai embora, deixando apenas o cheiro de Djarum Black,os requícios dos orgasmos múltiplos que ela proporcionou em mim e a visão rápida da tatuagem do dragão sendo coberta pela roupa.Fico deitada um tempo que beira a eternidade esperando as pernas voltarem a responder aos comandos, enquanto repasso na mente tudo que aconteceu.


Ela deitada e eu sentada em cima dela.O fato de nos olharmos nos olhos me excitava de uma forma desmedida. Eu cavalgava lentamente no dildo acinturado, ela segurava meus quadris queimando-me com o olhar faminto pelo meu prazer.Meu corpo tremeu e dobrou pra frente, num orgasmo de intensidade que me surpreendeu. Ofeguei e pus a mão no rosto dela, que sorriu satisfeita com o resultado e me deitou de lado na cama, beijando o canto da minha boca e se afastando pra fumar.




Todos os planos de afastamento desfeitos por um simples gesto com a cabeça. Aquela virada leve pra deixar visível o pescoço fascinante, aliada àquele olhar que ela tem. Todas as promessas que me fiz de nunca mais me deixar seduzir por Leisha, quebradas pelo simples cruzar de pernas absurdamente carregado de tensão sexual. Ela me corrói, me consome, me nutre, me faz viver e me mata. Sacerdotisa do sexo, eu sempre me perco em seus reinos. Eu e mais outras tantas... Diabos de mulher quente!




Respiro a fumaça mentolada que paira em algum lugar do quarto e fecho os olhos imaginando que ela está ali do lado comigo, numa atitude de carinho, me abraça e beija minha boca apaixonadamente.Queria só sentir os braços quentes me envolvendo, mas a cama está vazia e ela me olha de longe com desejo, fogo, libido, paixão. Volta pra cama mas não beija minha boca, prefere os lábios do meu sexo quente, pulsante e molhado.






Me sento na cama, passo a mão nos cabelos molhados de suor e vou ao banheiro. No espelho um beijo de batom vermelho no qual encosto meus lábios numa sofreguidão.Volto pro quarto e vejo em cima do criado-mudo um bilhete com a data do próximo encontro e um Black. Tudo como das outras vezes. Sinto a lágrima quente percorrer meu rosto, fecho os olhos e respiro mais um pouco daquele ar que ainda cheira a Leisha...

Rachel





A conversa rolando solta no carro mascarava a real tensão da situação.Entre uma troca e outra das músicas do CD, eu olhava para Rachel afundada no banco do passageiro, com o cinto quase lhe apertando o pescoço, uma linha tensa no meio da testa e as palavras escapando nervosas da boca trêmula.

- Senta direito, vai se machucar.
- Para onde estamos indo?
- Pra um lugar aí.
- Valerie...


O cartão magnético abriu a porta e revelou um quarto não luxuoso, mas sensual... parecia ter luxúria e libido em cada canto. Sorri com a estranha sensação de familiaridade com aquilo tudo desde a tensão ao cheiro do sexo que estava por vir. Loucura...

A única bebida do frigobar que pareceu apetecível foi na verdade a pior escolha, mas o efeito psicológico da tentativa de embriagá-la pertubou meus sentidos e atiçou todas as minhas fantasias. A empurrei contra o espelho e deixei a razão e o juízo de lado.Num frenesi, ouvi dela um pedido rouco: me come...Foi dada a partida.

O jogo era enlouquecê-la. Não deixava que ela me tocasse, não falava nada, só a enlouquecia. Fazê-la tremer era um quase orgasmo pra mim. Com o mão em seu sexo quente, pedi para que ela me ordenasse o que fazer. Esperei uma resposta direta, mas ela puxou meu cabelo até que eu colocasse o ouvido em sua boca trêmula e então sussurou.
- Me enlouquece de prazer.

O que se seguiu então foi uma maratona de gemidos, arranhões, gozos, tapas,palavras desconexas, lençóis amassados, mãos, línguas, bocas...torpor.O qudril dela não parava, a vulva inchada e quente, os seios arrepiados colados na minha costa e eu a penetrando por trás com meus dedos longos. Mereci um troféu de contorcionismo.Fui pra casa com uma marca na braço e a deixei com uma na perna.

Pedido realizado.

 
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