Kay

A conversa fluía há quase duas horas e eu nem havia percebido todo esse tempo passar. O tanto de similaridades entre nós chegava a ser engraçado, arrancando gostosas gargalhadas dela que faziam seus olhos fecharem um pouco e os cachinhos balançarem alegremente pra um lado e pro outro.


Em meio a uma dessas gargalhadas, percebi meu corpo inclinado na direção dela, joelho direito entre as suas coxas e senti um arrepio que começou na nuca, desceu pelas costas e esquentou o sexo. Os sorrisos foram cessando e olhei firme nos olhos dela, pressionando minha perna contra a dela. Senti suas mãos pequenas e firmes me puxando pela nuca e nossas bocas se encontraram num beijo molhado, cheio de um desejo que me assustou.

O beijo foi longo, dando espaço pras mãos circularem pelos corpos, ágeis e famintas. Senti que por debaixo das calças havia um dildo me esperando, e o apertei. Ela gemeu baixo, soltou minha boca e partiu pro meu pescoço, enquanto eu sentia a excitação me deixando encharcada e muito tonta. 

- Vem pro quarto.

Não foi preciso repetir. Levantei e segui o caminho por onde me puxava. Ao entrarmos, fui jogada contra a parede, de costas, e pude sentir seu corpo colado no meu, o dildo a me pressionar a bunda, as mãos tirando minha blusa e sutiã, abrindo espaço pra língua correr nas minhas costas. Tirou meu short e calcinha, passando a mão por toda extensão - da buceta ao cu - e me fazendo arquear as costas, sentindo as pernas bambas.

Respirei fundo e virei, pegando a gola da sua camisa e conduzindo para a cama, onde a derrubei com força. Montei em cima dela, segurando seus braços na cama, para que não pudesse me tocar e comecei a rebolar bem devagar, sentindo seus quadris levantando. Beijei sua boca e mordi os lábios, arrancando gemidos finos de quem quer mais. A calça dela já estava encharcada com meu líquido e então a abri o suficiente pra conseguir expor o dildo.

- Chupa meu pau...

Desci um pouco mais na cama e agarrei o pau dela com a boca, enquanto ela se contorcia. Passei a língua em seu redor inteiro, subindo e descendo com ele dentro da boca de vez em quando. Então, montei em cima dele e senti preenchendo toda minha buceta. Apoiei as mãos nela para não cair com a tontura de prazer e comecei a rebolar devagar. 

- Mete esse pau em mim, porra!

Com meu grito, ela agarrou minhas coxas e meteu fundo, aumentando a velocidade das estocadas rapidamente, fazendo ondas de prazer percorrerem todo o meu corpo. Fiz sinal para que parasse as estocadas, e voltei a rebolar, agora mais freneticamente. 

Quando estava próxima de gozar, ela segurou minha cintura e me tirou de cima dela, me deixando a meio caminho. Tirou a roupa e me ajeitou de lado, de costas pra ela, mordeu minha nuca, agarrando meu ombro com uma das mãos, enquanto a outra ajudava a abrir caminho entre as nádegas. 

Meteu, certeira, corpo colado no meu, mão no meu quadril, ritmando os movimentos. Sentia seu cheiro e seu calor próximos de mim, cachos se fundindo. Eu rebolava devagar, seguindo o ritmo que ela impunha. Toda dentro de mim.

Os gozos vieram fortes, juntos, descomunais, durando uma eternidade. A cabeça pendeu para o lado e as pernas não respondiam mais aos comandos.

Descomunal.

Lia [2]


Tensão sexual é algo difícil de ignorar. A noite quente e louca com a tal menina pequena que me instigava não foi nem de longe suficiente para aplacar o desejo, parecendo na verdade que fez foi abrir as comportas. Ainda a vejo passando todos os dias no saguão, braços jogados, como se absolutamente nada tivesse acontecido. Praticamente não olha na direção da minha sala e parece fazer esforço pra evitar cruzar comigo pelos corredores. Quando tenho sorte, ganho um olhar rápido e um sorriso tímido, tudo à distância. Uma separação geográfica de segurança para o campo magnético que sinto vibrar entre nós.

Só geográfica mesmo, pois minha mente ficou povoada com cada detalhe daquele dia, que eu revisito com calma e deleite em diversos momentos. O cheiro sutil e doce dos cabelos cacheados, o sexo encharcado do mais delicioso líquido que já provara, a pele arrepiada ao menor toque. Que mulher.

Decidi conhecer um bar que tinha ouvido falar a respeito e no caminho da saída da empresa, como de costume, olhei pela janela de vidro da sala de Lia para admirar por frações de segundos seus dedos ágeis digitando no teclado, mas ela não estava lá. respirei irritada e segui meu rumo.

O bar estava cheio, música boa tocando, cerveja bem gelada. Joguei umas partidas de sinuca e parei para ir ao banheiro. No meio da multidão, passando apertando entre os corpos, senti o cheiro doce num golpe e a avistei logo à minha frente, na passagem para onde eu estava indo. Toquei-lhe levemente no quadril, e pedi licença. Antes mesmo de virar, senti o corpo dela vibrar num espasmo e ela me olhou por cima do ombro. Engoliu em seco e chegou para o lado;passei e entrei no banheiro.

~ Lá, me dei conta de que já estava completamente encharcada. "Mas que porra é essa?". Ao abrir a porta da cabine para sair, Lia me empurrou de volta pra dentro, já beijando minha boca com sede. A encostei na parede do banheiro, colando meu corpo no dela, subindo e descendo as mãos por sua cintura, contornando os seios e colo. Apertei a cintura e quadril, enquanto colocava mais pressão no encontro dos corpos e ela gemeu gostoso, baixo e rouco.

Nos afastamos e nossos olhares pegavam fogo. Pus a mão na parede , ao lado do rosto dela e com a outra toquei-lhe os lábios. Ela abriu a boca de leve, passando a língua nos meus dedos. Ergui seu braço e desci a mão por toda a sua extensão, alcançando a axila e a fazendo se contorcer em espasmos e pequenos gemidos.

Voltamos a nos beijar, mais agressivamente, línguas  invadindo as bocas, dentes mordendo lábios. Levantei sua blusa e afastei o sutiã, contemplando aqueles seios perfeitos, com mamilos duros à espera da minha boca. Os envolvi em um beijo e comecei a chupá-los em movimentos ritmados e lentos, alternando entre mordidas.

Com a boca em seu seio, desci a mão por sua cintura e barriga, desabotei sua calça e encontrei seu sexo pulsante, quente e completamente molhado. O clitóris estava rígido, enorme. Esfreguei os dedos em toda a extensão do paraíso que se abria pra mim, passeando nos grandes lábios até me concentrar em seu clitóris, fazendo movimentos circulares rápidos. Me ajoelhei e passei a fazer o mesmo movimento com a língua, bebendo do seu líquido e sentindo as pernas dela tremerem.

Ela afastou minha boca abaixou mais um pouco a calça e virou de costas pra mim, arqueando a bunda e me olhando por cima do ombro. Passei a língua por toda a extensão daquele caminho e levantei, Ergui a minha blusa e sutiã, encostei meus seios em suas costas, movimento que lhe arrancou um gemido que precisei abafar com a mão.

Apertei os quadris dela e busquei seu sexo novamente, apoiando o braço em sua cintura e esfregando seu clitóris. A cada segundo ela se molhava mais, se desesperava por mais de mim. Agarrou minha nuca e fez força encostando o corpo no meu, movimento que acompanhei, deslizando a mão para sua bunda linda. Encontrei caminho livre, liso e fácil e a penetrei por trás, enquanto ela pressionava o próprio clitóris.

Meti fundo e lá fiquei por alguns segundos, passando a meter vigorosamente em estocadas firmes, enquanto apertava seu mamilo com a outra mão. O orgasmo veio arrebatador, e ela pendeu a cabeça no meu ombro.


Cheirei-lhe os cabelos cacheados e sorri.~

 
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